sexta-feira, fevereiro 29

Rescaldo da semana

Diferente é o que posso dizer. Fiz coisas esta semana que nunca tinha feito mas que sempre tive ideia de o fazer. Fez ontem 1 semana que eu, farta de estar em casa à espera que alguma empresa me respondesse aos currículos que tenho enviado, fui de comboio ao Rossio, mais precisamente para me inscrever na agência de figuração Valente Produções. Entreguei duas fotografias minhas, cara e corpo, e logo me arranjaram 3 trabalhos. Para começar: "Chiquititas" para 6ª, sábado e quarta-feira, "Vila Faia" para terça-feira, e "Você na TV" (é verdade, o programa do Goucha, hahahaha!) na 2ª e 6ª, para acordar de manhãzinha a bater palminhas. Sinceramente, plateia é o que eu menos gosto de fazer, mas a verdade é que em casa não ganho nada! Mas posso dizer que esta coisa da figuração, estou a fazê-la com um à vontade que não tinha nos tempos em que fiz teatro... talvez porque amadureci. Levo isto na desportiva e estou a adorar (mesmo!) estar a fazer uma coisa que gosto e a receber ao mesmo tempo :) Acho que é isto que todos anseiam. Felizmente, não me limito ao Design. Ok, foi o curso em que me especializei mas isso não quer dizer que só tenha de gostar de fazer Design e pronto. Eu acredito que sirvo para muita coisa. Ainda ontem fui fazer um casting para "narração de conteúdos" assim descrevia o anúncio. Foi no Instituto Superior de Tecnologias Avançadas e o casting consistiu no estudo da minha voz no papel de professora, como se eu estivesse a ensinar a matéria aos alunos. Basicamente, é outro tipo de representação mas audio. Mais uma coisa que me deu gozo fazer. Espero com isto, enquanto o Design não quiser nada comigo, continuar a experimentar novas sensações no mundo da representação, da tv, isto porque é giro a interacção que se tem com pessoas nossas conhecidas do pequeno ecrã bem como produtores e colegas figurantes. Aprendemos muito e estou contente por ter surgido a ideia da inscrição na Valente, nesta altura chata de um recém-licenciado que é encontrar trabalho. Sem dúvida que esta semana passou rápida e da melhor forma. Ah! E porque nem sempre é dia 29 de Fevereiro, Parabéns aos que fazem hoje anos...

sexta-feira, fevereiro 22

De volta ao Rossio

Confesso que ontem estava ansiosa por voltar ao comboio que durante o 1º e metade do 2º ano da Faculdade me levava a Lisboa em apenas 14 minutos... Bons tempos que foram interrompidos pelo mau estado do túnel do Rossio. Passei a ir de comboio e metro até à conclusão da minha licenciatura... passei a ir para Lisboa em 25/30 minutos. Mas, felizmente, o túnel reabriu e eu decidi ir "estreá-lo". Primeiro parou em Benfica (nada de novo)... mas a seguir parou em Campolide (aos anos que eu não parava ali) onde visualizei, passados 4 anos, a oficina dos comboios que desde pequenina me habituei a ver quando aos sábados de manhã ía à Baixa passear com os meus pais. O comboio fechou as portas e o maquinista apitou... próxima e última paragem Rossio... mas antes, um túnel ainda por percorrer. Juro que tive um momento de ansiedade a partir do momento que deixei de ver a oficina e entrei no túnel... pensava eu... será que vou continuar a ver tudo escuro? A minha surpresa foi que o túnel irradiava luzes. Conseguia ver tudo, a parede em betão e em tijolos, o chão deixara de ser de pedras. Sempre com os olhos postos no relógio, num instante cheguei à plataforma da nova estação. Nem queria acreditar... desta vez o comboio demorou 10 minutos!! Fiquei contente! Sim, também fico contente com este tipo de ocorrências, indiferente para uns mas importante para mim. A estação estava nova, menos negra, menos suja de pombos, as escadas rolantes, finalmente, eram outras (as "bichesas" essas lá continuam, hahahah!), nem sei explicar. Apenas sei que aquela estação, aquelas escadas, aquele trajecto tem impacto em mim... Foi ali que a minha vida mudou!

sexta-feira, fevereiro 15

Os grandes e os pequenos

Esta é a minha primeira ilustração que ponho no blog. Ela adapta-se a qualquer tipo de situação, a qualquer outro tipo de vivência que não a minha. Eu apenas desenhei como eu me sinto, neste momento. Digamos que eu sou o rato, inexperiente nesta vida que procura emprego e vai atrás de vários tipos de oferta, principalmente, aquelas que nos aliciam belos ordenados (é de estranhar!) mas que, por detrás do queijo se esconde o que não se sabe. O lobo tem as suas artimanhas e aproveita-se da falta experiência do rato. E só vai atrás das manhas quem quer... o rato ainda não foi, mas tem estado tentado, graças à pouca oferta de emprego na área para a qual os seus estudos se direccionaram.

quinta-feira, fevereiro 14

IKEA... e a Anna!

Eu diria melhor... um sonho meu! Sonho esse que se tem mostrado difícil de se concretizar. Isto aconteceu no dia 31 de Janeiro e terminou na 2ª feira seguinte. Não expus esta situação pessoal antes pois achei que ninguém nada tinha a ver com o que se passa na minha vida... talvez porque estava mais fragilizada. Mas hoje, passadas quase duas semanas disto tudo acontecer, apeteceu-me expor a situação. Apesar da ferida estar bem aberta, já tolero melhor a dor... é normal não o conseguir quando se dá o choque inicial. Dia 31 ligaram-me pelas 16h (+/-) a perguntar se eu estaria interessada numa entrevista para uma vaga no departamento de decoração, para o dia seguinte às 11h30. Eu nem queria acreditar!! «Será que é desta?» Um sorriso rasgado não me largou desde esse dia... até ao dia! Eu passo a explicar: a entrevista correu a meu ver e, ao que pareceu, da Patrícia e do Nelson (os entrevistadores), muito bem. A ideia que eu tinha da IKEA, a nível do ambiente, do pessoal, correspondeu ao que eu sempre idealizei e defendi. Foi como se eu estivesse a ter um dejá vu. Para ser sincera, senti-me em casa, senti-me muito feliz, praticamente eu suspirava a cada pestanejo. Estive 1 hora a falar, a falar, a falar e a ouvir o que me tinham para dizer, como funcionava para eu ter uma ideia do que me poderia esperar. E o que eu dizia, o que eu contínuo a pensar, pareceu ir de encontro à linha de pensamento da loja sueca. Tudo corria às mil maravilhas, até ao dia em que a vaga (externa) foi ocupada internamente. Ou seja, alguém que já lá trabalha ocupou a tal vaga e posso dizer que nesse momento pensei «Então para quê a entrevista se afinal a ocupação foi de alguém interna?» Não aguentei o aperto (sim, foi isso que eu senti, um aperto no peito, um nó no estômago) e decidi responder, tal e qual como me sentia e à qual me foi dada outra resposta. Mostrei a minha tristeza no sucedido e tudo o mais que já escrevi neste post, anteriormente, e pedi ainda uma outra oportunidade dentro da loja, ocupando, por exemplo, o lugar anterior da pessoa que conseguiu ocupar a vaga. Só isso! Ao que me responderam para eu continuar com este entusiasmo e determinação e que «terá que aguardar por uma nova vaga, no nosso Departamento de Decoração» Na minha opinião, acho que eles não entenderam que eu queria entrar para onde quer fosse dentro da IKEA, isto porque é muito difícil porem-me lá a trabalhar naquele departamento, uma vez que quem já la trabalha noutra área tem mais probabilidades de conseguir as vagas que vão surgindo. E por isso, no mesmo dia telefonei para lá, para falar com os recursos humanos, os quais ou tinham a extensão ocupada, ou estavam a almoçar, ou estavam de volta de outras entrevistas (eu acredito nisto tudo!!) mas eu insisti. Liguei 3 vezes e não o fiz mais porque à terceira eu deixei recado para me ligarem assim que pudessem... Mas a verdade é que não me ligaram. Sei que não andam parados mas acho que é o mínimo que podiam ter feito... ou, então, sou só eu que acho que devemos pôr-nos no lugar dos outros, regulando-me por aquela frase do "Não faças aos outros aquilo que não gostas que façam a ti» São manias minhas e depois quando me acontecem situações em que não há consideração, quem se sente mal... já se sabe. Bem, a coisa toda é que eu já sonhava andar lá de farda, a ser chamada para tudo e mais alguma coisa, a correr de um lado para o outro, sempre com a minha mente a dar asas à criatividade, ao mesmo tempo, que entregava boa disposição à equipa. Mas quando os sonhos já estiveram mais perto e começam a distanciar-se... é tramado! Costuma-se dizer que «cada um tem aquilo que merece» e se é assim, alguma coisa de errado se passa comigo e eu ainda não reparei. Hoje em dia mantenho contacto com a IKEA, mas desta vez com a Anna. Se entrarem no site http://www.ikea.com/pt/pt/ cliquem onde diz "Precisa de ajuda -> Perguntar à Anna" e perguntem o que quiserem e vejam as respostas que ela vos dá, bem como a sua expressão facial. O que vale é que faz parte de mim encontrar alguma coisa boa no meio da tragédia (salvo seja).

domingo, fevereiro 10

escrever

Um dos melhores refúgios que podemos encontrar para nos confortar a alma, é sem dúvida a escrita. Basicamente, não exponho no blog tudo o que vai dentro de mim... (mal de nós!) Mas a ideia é que escrever numa folha de papel, resolve muita coisa. Hoje fui ver ao Colombo "O lado selvagem" cuja história nos remete para um jovem americano que se autonomeou de Alex "Supertramp", acabado de se licenciar que se quer desprender da dita sociedade e dos próprios pais. Ele acredita que a vida deles é uma mentira e busca a essência da felicidade longe da mesma, apreciando sózinho, e com a ajuda de pessoas que vai conhecendo ao longo das suas viagens, a Natureza no seu estado mais puro, mais selvagem. Para sobreviver ele vê-se metido em situações de surpresa e desespero e toda essa sua jornada, ele vai detalhadamente escrevendo num diário seu pois tinha necessidade de desabafar com ele mesmo e de um dia testemunhar tudo aquilo que viveu ao mundo, através da sua publicação. Não quero avançar mais, vão ver o filme! Apenas quero deixar explícito que faz bem falarmos com alguém sobre o que nos dói, o que nos anima, o que nos tranquiliza, o que nos faz sentir... às vezes pode-nos custar falar... mas escrevam... estou agora metida na situação "falar é fácil"... foi uma tentativa de me encorajar a fazê-lo.

sexta-feira, fevereiro 1

Matar 3 coelhos numa cajadada só!

A expressão popular dita apenas matar 2 coelhos mas eu englobo 3 graças aos concursos que ando a participar. O Concurso de Fotografia Augusto Cabrita 2008 decidiu mais uma vez dar a oportunidade a fotógrafos amadores de pôr a sua arte "objectiva" à prova. O prémio, sinceramente, nem sei qual é, isto porque está mais que visto as fotografias que irão ganhar. Serão as ditas fotos "Senegal e outros países africanos" que insistem em mostrar a pobreza e olhares distantes (não que eu seja contra mas está na altura de apreciar o que está bem próximo de nós e que muitas vezes não vemos...) O Concurso "Uma Mascote para B.I.R." (Biblioteca Instrução e Recreio de Valado dos Frades) encerrou ainda há pouco o envio das propostas por e-mail. Desta vez decidi dar no desenho e vou continuar a dar em muitos outros concursos que surjam e que servem para puxar pela criatividade. Ambos os concursos encerraram a entrega de propostas dia 31 de Janeiro mas posso dizer que propus à minha mãe que concorresse, como eu, ao Campeonato Nacional da Língua Portuguesa, que começou em Janeiro e termina em Abril. O primeiro teste está feito e enviado e, obviamente, que os seguintes terão um grau de dificuldade superior, e posso desde já dizer que o primeiro não foi pêra doce.