domingo, maio 28

Leishmaniose

É incrível como estas anormais altas temperaturas no mês de Maio assolam o nosso país. Penso que o mais chato, para além do calor insuportável, é sem dúvida os mosquitos que insistem em pousar na nossa pele ou então em roupa de cores vivas como o amarelo e o laranja. Ainda no outro dia à noite, enquanto passeava pela marginal a caminho de Cascais, reparei na praga de mosquitos que se juntavam perto das lâmpadas de cada candeeiro urbano. Era incrível! Foi como se de um espectáculo de dança se tratasse :P Contudo, preocupa-me um determinado insecto: o mosquito flebótomo. Segundo uma pesquisa, este mosquito que também se pode chamar de "palha", "cangalhinha", "asa dura", "tatuquira", "birigüi", entre outros nomes, tem por hábito, nesta altura do ano, picar e, consequentemente, infectar qualquer tipo de ser vivo. Mas são os cães que sofrem maiores consequências. Uma vez picados, o parasita (protozoário) é responsável por uma morte lenta. Normalmente são abatidos para não terem de sofrer. Estou a falar da Leishmaniose. Esta manifesta-se de várias formas: - tegumentar ou cutânea, caracterizada por lesões e feridas na pele que não cicatrizam; - visceral ou calazar, caracterizada por lesões nos órgãos internos. Os sintomas da Leishmaniose canina são: emagrecimento, queda dos pêlos, aparecimento de caspa junto às sobrancelhas e restante corpo, feridas que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas, fraqueza, aumento dos órgãos internos, como fígado e baço. Pode acontecer, também, o cão estar infectado e não aparentar nenhum destes sintomas. O diagnóstico da doença é efetuado através de exame clinico (conjunto de sintomas e existência da doença na região), de exames de sangue ou de biópsia das lesões da pele. No ser humano, se diagnosticada a tempo, a doença tem tratamento e cura. No cão, o tratamento é viável (dependendo do estado geral do animal e do estágio em que se encontra a doença), embora não ocorra a cura do mesmo :( Para tentar evitar que o pior aconteça existem medidas que devem ser tomadas: - manter os quintais sempre limpos, livres de folhas; - instalação de telas com buracos bem pequenos (o mosquito é bastante pequeno) nos canis onde o cão fica; - evitar expor o animal ao ataque do mosquito flebótomo, que age à noitinha e ao amanhecer; - uso de produtos veterinários existentes no mercado destinados a repelir mosquitos (coleiras, sprays, shampoos, etc) no animal; ** - plantar nos quintais ou em vasos (para quem vive em apartamento) a citronela, que é uma planta que possui poder de repelência; - detetização do ambiente (casa, canil, quintal) que deve ser feita com rigorosa cautela e por pessoal especializado. Cura para os cães, infelizmente, não há. Esta doença equivale à SIDA para os humanos :|

2 comentários:

X. disse...

Deixo aqui um abraço ao Taliban, esse grande amigo que infelizmente nos deixou. Um bem haja.

Maria João disse...

Entre outras razões, o Merlin provavelmente foi também vítima da leishmaniose, pelos síntomas que apresentava.
Mas ele está lá no céu, a pilotar um avião e a cantar ao mesmo tempo :')